São esperados para a conferência cerca de 400 delegados, que terão poder de decisão na votação de prioridades, além de outros participantes. Durante o encontro, serão debatidos três eixos em consonância com cinco grupos de direitos, refletindo as demandas da população de LGBTs. Para os painéis, estão confirmados nomes de referência no assunto.
O coordenador de Diversidade Sexual da SJDH, Fábulo Nascimento, afirma que as cidades do Interior pouco abordam a construção de políticas públicas para a população LGBT. “Percebemos durante as conferências um grande abismo entre o movimento social LGBT do Interior para com as instâncias do governo”, disse o coordenador. Ele lembrou, ainda, sobre a criação neste ano da Coordenadoria Estadual para atender “essa população tão vulnerável”.
Fábulo também acrescenta que “com a plenária final da conferência se formarão subsídios necessários para dar início a um novo processo de consolidação de políticas de Estado, e não apenas de governo”.
Todo o material produzido nos três dias servirá para apoiar o programa “Rio Grande Sem Homofobia”, lançado pelo governador, em junho deste ano.
Segundo o coordenador, o tema da violência homofóbica vem sendo cada vez mais abordado na sociedade. “A Conferência Estadual LGBT acontece em um momento em que a homofobia está em pauta. É uma boa hora para discutirmos a questão e lutar para que a sociedade encare com naturalidade a diversidade sexual”, completa o coordenador.
O evento foi organizado de maneira transversal com a participação de diversas secretarias de Estado, principalmente as que são ligadas com o tema. Em preparação à etapa estadual foram realizadas cerca de 15 conferências regionais em todo Estado, em parceria da Secretaria da Justiça e dos Direitos Humanos, por meio da Coordenadoria de Diversidade Sexual.
Texto: Paola Marcon
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